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quarta-feira, agosto 10

Cão De Resgate








Carta aberta:

     Me chamo Marcelo de Freitas Coruso, sou bombeiro resgatista formado pela Força Aérea Brasileira com vários cursos na área de resgate e salvamento também sou treinador de unidades de resgate com cães farejadores, com vários trabalho realizados tanto no meu estado natal Rio de Janeiro quanto em outros estados da federação. No dia 13 de janeiro de 2011 fiquei sabendo das fortes chuvas que atingiam a região serrana do Estado do Rio de Janeiro, como tenho uma forte ligação com a serra, minha filha mora na cidade de Nova Friburgo e trabalhei na filial Petrópolis da Cruz Vermelha Brasileira, liguei pra a filial informei que estava disponível para entrar em atividade com meu cão de resgate chamado AMON, uma viatura me pegou em minha casa na capital Rio de Janeiro, cheguei à cidade imperial e logo fui lançado para o local das buscas chamado Vale do Cuiabá no distrito de Itaipava. Lá chegando como já era noite tivemos pouco o que fazer.



    No dia seguinte voltamos ao local e começamos as buscas, já na primeira parada meu cão “deu positivo” em quatro locais diferentes da mesma região, onde posteriormente foram encontradas quatro vítimas. Após isso fomos nos deslocando pela estrada tentando localizar possíveis vítimas a serem socorridas. Fomos parados por um jovem de aproximadamente 25 anos que apontou para o meu cão e disse “Esse é o herói, esse é o herói” ao mesmo tempo ele ia se abaixando e abraçando meu cão “Vai lá, vai...encontra meu filho e minha mulher que estão lá na lama, vai meu amigo!”...


na hora não reparei no peso que essa frase tinha, só me tocando disso no final do dia quando me peguei chorando e não descansei até encontrar pelo menos o filho desse jovem pai exatamente no último dia de trabalho em Petrópolis. Fomos atuando e auxiliando o sistema de defesa civil (Corpo de Bombeiros, Defesa civil, Policia Militar, Exército, Força Aérea. Etc.) até o dia 27 de janeiro quando voltamos para nossa casa no Rio de Janeiro. No dia 29 de maio meu cão que salvou tantas famílias em Petrópolis, um total de 11 pessoas localizadas, desenvolveu os sintomas de uma grave doença chamada Babésia, transmitida por carrapatos. Carrapato esse que ele pegou em Petrópolis, pois fiquei sabendo que a região que trabalhamos era e continua sendo uma região endêmica para essa doença. Já estava afastado dos quadros da Filial da Cruz Vermelha Brasileira em Petrópolis, avisei aos diretores da CVB sobre as condições físicas do meu cão. Apesar disso não obtive deles nenhum tipo de ajuda, nem mesmo o meu último salário que eles ainda me devem, muito menos o pagamento do tratamento que é caro, meu cão precisou até de duas bolsas de sangue para se recuperar, pois teve vários sangramentos além de vários exames de sangue e várias caixas de um antibiótico muito caro, específico para o tratamento. Todo o tratamento foi custeado por eu mesmo, não tive ajuda de ninguém. Esse é somente um desabafo de uma pessoa que quis ajudar e diminuir a dor de diversas pessoas que perderam tudo e não precisavam perder os entes queridos. 

Obrigado




    Absolutamente revoltante, o desrespeito à Vida no nosso país, tanto para com os racionais(?), quanto para irracionais(?). Nossos governantes e algumas corporações - em prol da vida - simplesmente contradizem claramente  os seus ditos propósitos, em atitudes como essa referente ao Amon. Enquanto os governantes alimentam as tragédias - com sua total incompetência e descaso na área da prevenção, em catástrofes "anunciadas" há décadas -, as acima citadas corporações "cuidadoras da Vida", rotulam e limitam o significado da palavra Vida, como se esta exclusiva fosse do Homo sapiens.
  Em todos os meus anos de voluntariado pelo mundo, o "fundo de tela" é sempre o mesmo...humanos vítimas da arrogância, descaso, ambição e política de outros humanos, e, paralelo a isso, Bombeiros, Resgatistas e Voluntários - humanos e não humanos - abandonados no "pós missão" por aqueles que deveriam honrá-los e amá-los.
Lamentável e indigna postura da Cruz Vermelha dispensada ao Amon ...ah sim, é "só" um cachorro, não é? 
É para alguns Amon pode ser "só" um cachorro, mas para um pai desesperado; para os Bombeiros e Resgatistas - assim como para os seres realmente "humanos" na verdadeira acepção da palavra -, Amon não é "só" um cachorro...Amon é um soldado da Vida, um parceiro fiel no socorro à desgraça alheia, um ser não-humano nascido do mesmo sopro divino  que  nos criou.

Khalit Sabanur


Já que, Amon, foi literalmente abandonado por governantes e administradores, vamos nós ajudá-lo...
Seu parceiro - Marcelo Coruso - necessita de auxílio para dar continuidade ao tratamento de Amon, pois sua condição financeira, só permitiu o cuidado emergencial, mesmo assim às custas da venda de alguns objetos pessoais, causando o acúmulo de dívidas difíceis de sanar. 

Segue abaixo o link para contribuição


Para aqueles que desejarem entrar em contato direto com Marcelo Coruso

 - Marcelo Coruso -
- Cães de resgate -

21 9826-2214
21 8030-5563


















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